Alunos da Orquestra Experimental do LAR participam do Desafio dos Naipes
Concurso de instrumentos incentivou as crianças a estudarem, se engajarem nas aulas online e se prepararem em conjunto para futura apresentação na Sala São Paulo
Para incentivar o engajamento nas aulas remotas e a prática de instrumentos musicais, os alunos das oficinas de música do LAR participaram, nos últimos meses, do Desafio dos Naipes. Trata-se de uma competição entre grupos de alunos que tocam diferentes instrumentos, como violino, violoncelo, clarinete, flauta e viola, considerando critérios técnicos e presença nas aulas. As atividades do desafio aconteceram no formato online, e o grupo vencedor — os alunos do violino 2 (nível intermediário) — ganhou um almoço na hamburgueria Vinil Burger.
Um dos objetivos do concurso também foi preparar as crianças para a apresentação na Sala São Paulo, que vai acontecer em 2021. “Ainda não há uma data definida, devido à pandemia, mas estamos prontos para realizar o espetáculo assim que for possível”, diz Amélia Cruz, maestrina da orquestra do LAR.
Ela explica que, neste ano atípico, além dos treinos individuais, dados nas aulas remotas, havia a necessidade de juntar os instrumentos para a fazer a prática de conjunto da orquestra. “Durante o primeiro semestre, eles tiveram as aulas online, cada um na sua casa. Agora, mais para o final do ano, era o momento de integrá-los, e o desafio era como fazer isso no ambiente virtual. Bolei então uma competição entre os naipes [conjunto dos mesmos instrumentos], como se fosse uma gincana. Não sabíamos se daria certo, se as crianças aceitariam, mas ousamos e fizemos a proposta.”
Desse modo, cada um dos professores gravou um vídeo de referência, tocando o instrumento, que foi enviado aos alunos. As crianças precisavam trabalhar a escuta e depois acompanhar e tocar junto com o professor. “Marcamos encontros online semanais para eles treinarem essa prática e se apresentarem para mim e para o grupo. Posteriormente, eles passaram a tocar em cima da execução de outros instrumentos. Esse processo causou a repetição, a fixação e o desenvolvimento da escuta. No final, eles estavam com o repertório decorado, domínio da música, seguros e afinados. Eles se desenvolveram muito bem”.
Segundo a maestrina, esse desafio foi um divisor de águas para todos os naipes e mostrou como o LAR conseguiu realizar uma inovação e engajar os alunos, mesmo no ambiente online. “Desde o empréstimo dos instrumentos, para as crianças treinarem em casa, até proporcionar acesso à internet e a dispositivos para viabilizar as aulas remotas — muitas vezes atendendo os alunos fora dos horários regulares das aulas, de acordo com as possibilidades de cada família — tudo isso foi um grande esforço em nome de não deixar ninguém para trás e de encorajá-los a continuar estudando.”
Ela destaca que, quando o aluno enxerga o resultado da prática do conjunto, ele fica estimulado porque vê a música acontecendo. “Ele percebe que todo o seu trabalho e esforço valeram a pena, se sente recompensado e aberto para novos desafios.”
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