Ensinamentos do esporte ajudam a preparar para a vida adulta e a lidar com situações de crise
Projeto Corpo e Movimento, do LAR, oferece oficina de futebol para aproximadamente 200 crianças e adolescentes; na quarentena, interações seguem por meio de vídeos e atividades
O projeto Corpo e Movimento, do LAR, oferece atividades que trabalham aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais dos alunos. Uma dessas oficinas é a de futebol, que acontece de segunda a quinta-feira, duas vezes por semana, no contraturno escolar, e reúne aproximadamente 200 meninos e meninas de 6 a 16 anos, divididos em turmas de acordo com a faixa etária.
As aulas duram 1 hora e 15 minutos e começam com uma atividade coletiva de aquecimento, como o pega-pega, para que os alunos possam focar a atenção em si, nos colegas e no ambiente. Essa introdução leva em torno de 15 minutos e acontece de forma lúdica e priorizando a socialização.
Os 30 minutos seguintes são dedicados à parte principal da aula, em que são ensinados os fundamentos do jogo e propostos exercícios individuais ou em dupla, treinando técnicas como passe, domínio, cabeceio, controle e condução de bola. Na sequência, a meia hora final é destinada à parte tática.
“Trabalhamos no jogo os valores do esporte, mas que servem também para a vida, como disciplina, respeito, superação de dificuldades, trabalho em equipe e companheirismo”, diz Carlos Alberto Dias Pereira, o Prof. Carlão, coordenador do projeto. Formado em Educação Física, com especialização em futebol, ele atua ainda como coordenador de futebol em instituições particulares renomadas em São Paulo.
Carlão explica que, por meio do esporte, as crianças e adolescentes aprendem conceitos importantes da vida em sociedade — o olhar para o grupo, a necessidade de dividir as tarefas e ajudar as pessoas, o entendimento de que não dá pra fazer só o que se quer. “A autoconfiança e a autoestima são outros pontos trabalhados, pois muitos chegam inseguros e, às vezes, escondem essa falta de segurança em atitudes que mostram nervosismo ou agressividade.”
Durante a quarentena devido à pandemia do novo coronavírus, os encontros presenciais foram interrompidos, mas as interações seguem por meio de vídeos e atividades enviadas semanalmente por grupos de Whatsapp. São conteúdos para que eles possam se manter ativos em casa, propondo exercícios com a bola — a tradicional ou uma criada por eles, usando materiais como meia e tecido. Também foram propostas pesquisas sobre jogos e competições, como a Copa do Mundo.
Uma das atividades práticas enviadas por vídeo foi o “desafio da embaixadinha”, em que dois professores se desafiaram com níveis crescentes de dificuldade: embaixadinha com o pé, coxa, peito e, por último, cabeça. Depois de ambos terem cumprido a tarefa, o desafio passou a ser dos alunos.
“Queremos manter os valores que estávamos construindo dentro do campo por meio dessas atividades. A resiliência, a persistência, a importância de cada um contribuir para o grupo, o aprendizado de ganhar e perder, tão comuns no esporte, são fundamentais para a formação das pessoas, a preparação para a vida adulta e o enfrentamento desse cenário de pandemia.”
Para conhecer mais sobre o trabalho realizado no LAR, acesse o nosso site: www.bencaodivina.org.br
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