Equipe do LAR escreve cartas à mão para alunos
Mensagens personalizadas e informações sobre a apresentação na Sala São Paulo são formas da instituição marcar presença junto às crianças e incentivá-las a continuar se preparando
Para se manterem próximos dos alunos nesses tempos de isolamento social e levar até eles uma mensagem de afeto e esperança, professores e funcionários do LAR escreveram manualmente cartas às crianças, que foram entregues a elas via correio, na segunda quinzena de junho. Para muitas, foi a primeira vez que receberam algo em sua caixa postal física. Esse é um esforço da instituição de mostrar formas de conexão analógicas e não incentivar o uso exacerbado da tecnologia.
Além de ser uma forma de demonstrar cuidado e carinho com os alunos, as cartinhas personalizadas também têm o propósito de incentivá-los a continuar se preparando para a grande apresentação na Sala São Paulo, ponto alto das oficinas do Projeto Cultural “Regendo Sonhos para Transformar Vidas — Artes Integradas”, que tem apoio do Ministério da Cidadania por meio da Lei Rouanet.
“Como tem sido um desafio muito grande manter contato com as crianças, devido às questões de acesso à internet e às diferenças de horário, pois alguns estão em férias e outros em aula, pensamos nessa forma para reativar nossa conexão na situação de distanciamento físico”, diz Marcelle Comi, professora da Oficina de Criatividade. “Apesar de não ter o toque ou o contato físico, receber uma carta simboliza de alguma maneira a nossa presença, pois é algo concreto que chega à casa do aluno. E tem muito da pessoa que escreveu ali, a letra dela, o papel que escolheu”.
Marcelle destaca todo o empenho promovido pela equipe do LAR na preparação das cartas. “Cada professor ou funcionário escolheu a sua maneira de abordar os alunos, usando sempre muita criatividade, fazendo desenhos ou enviando fotos. Também tivemos informações sobre cada um — por exemplo, se era novo no LAR ou se fazia tempo que não participava das atividades propostas — para poder escrever uma mensagem mais pessoal”.
Junto com a carta, os alunos receberam também um resumo de como será o espetáculo, para engajá-los nos ensaios remotos, como os de música e teatro. “Apresentamos o roteiro e a história para eles sentirem que fazem parte desse projeto e entenderem que agora estamos longe, mas depois vamos nos reencontrar.”
De acordo com Marcelle, as crianças ficaram muito contentes em receber as cartas. No grupo de professores do Whatsapp, alguns compartilharam as mensagens e os vídeos de agradecimento que os alunos enviaram. “Tenho certeza de que eles se sentiram muito mais do que lembrados, pois as cartinhas são uma forma de acolhimento, algo tão importante neste momento.”
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