LAR privilegia qualidade do aprendizado como forma de superar barreiras sociais

História da instituição, que oferece educação, cultura e esportes para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social data dos anos 50 e têm mulheres como figuras centrais

LAR da Benção Divina
3 min readMar 19, 2020

Fundado em 1956, no Jardim Prudência, na região sul de São Paulo (SP), o LAR da Bênção Divina é uma instituição filantrópica que tem foco na oferta de educação, cultura e esporte para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Ao longo de sua trajetória, passou por mudanças de gestão e de escopo de atuação, expandiu o número de pessoas atendidas e vem priorizando a qualidade do ensino para romper barreiras sociais.

Segundo Fernanda Battistella Bueno Lancellotti, presidente da Associação LAR da Bênção Divina, a filantropia atualmente vive um momento de transição, de um olhar assistencialista para uma visão que prioriza a qualidade do trabalho realizado, para que ele possa ser um agente de mudança social. “Nossa meta é contribuir para a formação de crianças e jovens para que eles tenham condições de atuar na realidade e transformá-la”, afirma.

A história do LAR confunde-se, em parte, com a história das mulheres da família de Fernanda que estiveram à frente da instituição — sua avó, Guiomar Nóbrega Battistella, e sua mãe, Silvia Maria Battistella Bueno. Ela conta que a avó teve a iniciativa de fundar uma ONG depois que perdeu o filho de 18 anos, vítima de um aneurisma cerebral. “Ela quis fazer algo em nome do filho. Tudo o que iria investir nele, ela direcionou para essa obra”, diz.

Nessa época, nos anos 50, o LAR já existia e era dirigido por uma senhora que oferecia alimentação — um sopão feito por voluntários — para as pessoas carentes das comunidades do entorno do Aeroporto de Congonhas, como Coreia, Vila Inglesa, Buraco Quente e Vila Santa Catarina. Quando essa senhora faleceu, a dona Guiomar comprou os dois imóveis onde o LAR funcionava, que eram alugados, doou para a instituição e passou a dirigi-la.

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Nos anos 80, com a urbanização da região e um movimento de ascensão social dos moradores dessas localidades, a ONG modificou sua estratégia. Dona Guiomar deixou de fazer o sopão e montou uma creche, em convênio com a prefeitura. “Quando meus pais assumiram a creche, em 1992, o LAR atendia 30 crianças. Em 2014, quando eu e meu irmão assumimos, eram 130. Hoje já são em torno de 500, considerando a educação infantil e os projetos de contraturno escolar, e nossa meta é chegar a 1000 em até três anos”, diz Fernanda.

Atualmente, além do Centro de Educação Infantil, que atende 148 crianças de 9 meses a 4 anos em período integral, o LAR mantém outros programas, no contraturno escolar, que reúnem em torno de 340 crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, alguns deles financiados por meio de leis de incentivo fiscal ou patrocínios. Entre eles estão: o projeto Aprendizagem Criativa, recuperação e reforço nas disciplinas Matemática e Português; o projeto cultural Regendo Sonhos Para Transformar Vidas, que inclui oficinas de música, uma orquestra experimental, além de oficinas de teatro, artes e dança; o projeto de esportes Corpo e Mente em Movimento, que oferece futebol, xadrez e aikido; e o projeto LabLar, que desenvolve a cultura maker.

Para Fernanda, é muito gratificante estar à frente do LAR e ajudar as pessoas a transformarem suas vidas por meio da educação, da cultura e do esporte.

“Nasci dentro do LAR, ele é como minha segunda casa, faz parte da minha história e transformou a minha vida. Ele é o meu principal projeto de vida, onde coloco minha energia e capacitação para fazer algo para o mundo.”

Para conhecer mais sobre o trabalho realizado no LAR, acesse o nosso site: www.bencaodivina.org.br/

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