LAR retorna com foco nas atividades lúdicas e nos aspectos emocionais dos alunos
Após um mês da retomada das aulas presenciais, professora avalia que crianças voltaram mais conscientes e independentes; trabalho também tem se centrado em informações e cuidados
Depois de quase seis meses suspensas, por conta da pandemia do novo coronavírus, as oficinas do LAR voltaram a acontecer de forma presencial em setembro. As aulas estão ocorrendo com número reduzido de alunos e seguindo todos os protocolos de segurança. São cerca de 15 crianças por período, organizadas em pequenos grupos de três a seis pessoas.
No dia a dia, os professores têm reforçado as recomendações e orientado os alunos em relação às medidas de higiene e distanciamento social, de modo a minimizar possíveis tensões e desconfortos e garantir um ambiente saudável a todos. Ao mesmo tempo, estão privilegiando as atividades lúdicas e o trabalho com os aspectos emocionais das crianças. As aulas online foram mantidas.
“O retorno foi muito motivado pelas questões afetivas e sociais. Percebemos uma demanda grande por parte das famílias e das crianças, que já estavam saturadas com a permanência em casa. Como atuamos bastante com propostas lúdicas, acreditamos que essa volta está sendo muito importante para elas”, diz Cássia Pedrosa, professora geral do LAR.
Ela conta que todos os dias, logo na chegada, quando os professores têm um tempinho antes do início das oficinas, eles já fazem um bate-papo com o grupo e reforçam a questão da prevenção. “Mas tudo muito aberto e de uma maneira gostosa e informal. Nas oficinas, os alunos também recebem orientações. E, entre eles, percebemos que um cuida do outro; eles nos ajudam a fiscalizar o cumprindo das regras de higiene”.
A equipe do LAR ficou surpresa ao ver como as crianças voltaram conscientes e com um repertório grande de conhecimentos sobre a pandemia. “Elas sabem que não podem tirar a máscara e conhecem as demais medidas de higiene. Não tivemos problemas nesse sentido, pois elas estão muito bem informadas. Mas, mesmo assim, reforçamos sempre os protocolos.”
O único porém é que os alunos retornaram muito carentes, com saudades, e queriam abraçar os professores e funcionários. “Nesses momentos, precisamos parar, conversar e lembrá-los de que isso ainda não é possível.”
Cássia ressalta o quanto as crianças aprenderam e amadureceram nesse período. “Muitas ganharam mais autonomia e voltaram mais independentes em vários sentidos, não só na forma de se cuidar, mas em relação à busca de conhecimentos e à maneira de se expressar”. Para ela, esses são ganhos que vão ficar. “Acho que também caiu a ficha para todos nós sobre o quanto o outro é importante na nossa vida e que precisamos cuidar dessas relações. Esse retorno pode ser um momento de reflexão para valorizarmos o que realmente importa e seguirmos de um jeito melhor.”
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