Musicalização: a arte como tecnologia de integração
LAR oferece aos seus alunos da educação infantil aulas introdutórias a música, que auxiliam no desenvolvimento e na capacidade de comunicação
São inúmeros os benefícios da música no desenvolvimento de jovens: construção de inteligência emocional, aumento da criatividade, impulsionamento do raciocínio lógico, fortalecimento da memória, prática da comunicação, entre outros. Para além disso, esse contato com a arte musical apresenta-se como um grande aliado da própria alfabetização, permitindo o aprendizado de habilidades e competências como fala e escrita de forma natural e lúdica.
Assim sendo, neste ano, o LAR passou a proporcionar aos seus alunos da educação infantil uma experiência com a musicalização. Isso ocorre por meio de aulas de introdução à música para os pequenos do CEI (Centro Educacional Integrado) da ONG, ministradas pela professora de educação infantil Elaine Maria Bastos Santos.
“A recepção é mágica. A disciplina tem o dom de trabalhar diretamente com a emoção”, conta Elaine. “Nossas atividades têm influência direta nos mais variados perfis, das crianças mais acanhadas às extrovertidas que não vêm a hora de expressarem seus sentimentos. Querem pegar o instrumento, propor uma música, cantar junto”. A professora explica que, semanalmente, passa por todas as salas do CEI e busca integrar os instrumentos, as cantigas e os sons à sua tática pedagógica.
Nesses momentos, que em geral duram de 40 minutos a uma hora, a interação é constante. Os pequenos têm a oportunidade de trabalhar com todos os aspectos lúdicos e cognitivos ligados à música, cantando, tocando instrumentos, manipulando objetos e movimentando-se em conjunto. O objetivo disso é, além de desenvolver as capacidades dos alunos, criar momentos leves e divertidos para todas e todos.
No entanto, em meio à pandemia, cuidados antes inéditos devem ser tomados, especialmente em salas com meninos e meninas de dois a três anos de idade. Elaine enfatiza que a proximidade e o tato, que são muito importantes para essa faixa etária, a princípio não podem acontecer, de forma que deve-se priorizar a saúde. “Faço dinâmicas de atividades musicais bastante adaptadas, que mantenham a distância, porque a criança faz música com o corpo e é preciso garantir sua segurança”, acrescenta.
Como resultado desse projeto, a educadora já afirma notar mudanças de atitude por parte dos alunos, tanto em um desenvolvimento natural das habilidades ligadas à música até mesmo em questões mais voltadas à própria interação. Esse processo se torna fundamental pois esse público, por conta da pandemia, está aprendendo a socializar de forma tardia. A musicalização, nesse sentido, desempenha a função de uma arte integradora.
“A musicalização deveria ser muito bem enraizada em cada professor de educação infantil. Isso porque a canção, a melodia e a sonoplastia envolvem esse universo. A arte faz parte do desenvolvimento, desde os primeiros anos de cada um, e tem que ficar para a vida toda”, conclui a educadora.
Bate-papo com a professora:
O que é mais gratificante nesse trabalho?
Às vezes com a música, por terem gostado tanto, terem se divertido, elas passam a interagir, a querer comunicar. O trabalho que a gente faz vai para casa com o aluno. A música tem esse poder: emocionar e aproximar.
A longo prazo, qual o papel da musicalização no desenvolvimento da criança?
Quando criança, ouvia muito o rádio em casa. Tenho lembranças muito antigas e afetuosas. A música tem sentido para mim, pois entretém e faz feliz. Então, espero que se esse processo seja positivo e crie sensibilidade.
Para conhecer mais sobre o trabalho realizado no LAR, acesse o nosso site: www.bencaodivina.org.br
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