Oficina de xilofone do LAR segue durante a quarentena com o empréstimo de instrumentos aos alunos
Instituição e professor proporcionaram 36 xilofones às crianças, de modo a permitir a continuidade das aulas e das práticas no formato remoto
Entre as diversas aulas e atividades que o LAR oferece aos seus alunos, como forma de estimular o desenvolvimento intelectual e cultural das crianças, está a oficina de xilofone. Anteriormente à pandemia, as aulas aconteciam semanalmente e eram ministradas para quatro turmas de alunos, com idade entre 6 e 14 anos, totalizando cerca de 60 estudantes. Durante o período de isolamento social, a oficina se manteve com os esforços do LAR e dos professores em seguir com as aulas online e emprestar instrumentos para que as crianças pudessem continuar praticando em casa.
As aulas são dadas sob a perspectiva da educação musical ativa, a partir de um processo denominado Orff-Schulwerk. Nessa abordagem, a prática e o universo da criança são aspectos fundamentais. “Utilizamos muito jogo e movimento corporal, algo que seduz e motiva a criança a entender o processo musical, e consideramos a criação dos alunos como ponto de partida para o conhecimento. Não há leitura de partitura, e uma das técnicas é ensinar por imitação”, explica Uirá Kuhlmann, professor de xilofone do LAR.
Do início da quarentena até final de maio, as aulas ocorreram por meio de vídeos gravados, enviados por Whatsapp aos alunos. Foram propostos jogos e atividades que buscam trazer desafios rítmicos, melódicos e de coordenação motora, seja por meio de objetos, como copos ou objetos da casa, ou de percussão corporal, com o uso das mãos e palmas.
No retorno das aulas remotas, em julho, após as férias, a equipe do LAR viu a possibilidade de realizar o empréstimo dos instrumentos que eram usados nas aulas presenciais para os alunos. Foram emprestados 17 xilofones. Em agosto, mais 19 instrumentos foram disponibilizados às crianças, desta vez da coleção pessoal do professor Uirá. “Nós temos feito de tudo porque queremos sempre o melhor para essas crianças.”, conta.
Com formação em piano, licenciado em Música pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com pós-graduação em Orff-Schulwerk na San Francisco School, na Califórnia, Estados Unidos, Uirá também realiza cursos de formação em educação musical ativa no Brasil e no mundo e dispunha desses instrumentos.
Ele observa que, nas aulas a distância, o foco maior não está sendo na evolução técnica dos alunos, mas sim nos aspectos afetivos e na diversidade de aprendizados que a música proporciona. “A música desenvolve o lado racional, cognitivo, emocional e espiritual das pessoas. As aulas trazem qualidade de vida, potencial e recursos mentais para os alunos se sofisticarem e um ambiente para se sentirem bem, descontraídos, motivados e felizes.”
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