Orquestra experimental contribui para a formação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social
LAR da Bênção Divina mantém projeto desde 2007; música é agente de transformação e tem papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e de habilidades socioemocionais
O LAR da Bênção Divina, instituição filantrópica que tem foco na oferta de educação, cultura e esporte para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, mantém, entre seus projetos, uma orquestra experimental. São oferecidas oficinas de musicalização, instrumentos (violino, viola, violoncelo, flauta transversa, clarinete, oboé, xilofone) e canto (coral). Atualmente, 140 crianças e adolescentes, de 6 a 16 anos, participam dessas atividades.
Amélia Cruz, maestrina da orquestra e também diretora e proprietária do Centro de Cultura Musical, em São Paulo (SP), conta que a ideia do projeto surgiu em 2007, quando ela foi convidada para dar aulas no LAR.
“Iniciei com musicalização e flauta doce e me coloquei o desafio de que, em seis meses, as crianças estariam se apresentando no Theatro São Pedro, em São Paulo (SP), o que de fato aconteceu”.
De acordo com ela, seu desejo era poder mostrar o encantamento de uma orquestra, tanto para as crianças quanto para os gestores do LAR. “Eu queria estimular os alunos a descobrirem o universo orquestral”.
Ao longo desses anos, a iniciativa cresceu, incluiu aulas de outros instrumentos além da flauta doce e se consolidou com o Projeto da Orquestra Escola Infanto-Juvenil do LAR da Bênção Divina, em 2010, que contou com o apoio da Lei Rouanet de incentivo fiscal. Com isso, foi possível comprar novos instrumentos e contratar professores — hoje são nove, incluindo preparador vocal e os que ensinam os instrumentos e musicalização.
“Queremos dar a essas crianças a chance de conhecerem o mundo das artes. A música tem a capacidade de transformar a realidade da vulnerabilidade social, complementar sua formação integral e cidadã e dar a elas oportunidade profissional”, destaca a maestrina. “Além disso, há o desenvolvimento do raciocínio lógico, da atenção e da concentração, além de habilidades socioemocionais, como responsabilidade, disciplina e empatia.”
Todos os anos, a orquestra realiza apresentações, que já aconteceram em locais como o Espaço Sociocultural — Teatro CIEE, Colégio Rio Branco, Colégio Batista Brasileiro, Círculo Militar de São Paulo e Shopping Cidade Jardim. No ano passado, a exibição ocorreu na Sala São Paulo, com músicas de vários lugares do mundo, incluindo o Brasil.
“A apresentação na Sala São Paulo representou a realização de um sonho. Fizemos uma grande viagem sem tirar os pés do chão. Mostramos que o sonho é possível, porque se você acredita e luta por algo, isso pode ser realizado. Podemos sonhar e desejar tudo o que o mundo pode nos oferecer”, afirma a maestrina.
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